O mercado imobiliário do Distrito Federal fechou agosto consolidando a trajetória de aquecimento, sinalizando que o ano de 2020 pode ser fechado com resultados positivos apesar dos efeitos econômicos da pandemia pelo novo coronavírus. Em agosto, o setor registrou Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de 10,2% no segmento residencial, o lançamento de dois novos empreendimentos e a comercialização de 353 unidades. Entre janeiro e agosto foram registrados 22 lançamentos. Em 2020, a velocidade de vendas registrada em agosto é quase 20% maior que a observada no mês de julho. Quando comparado com o mesmo período de 2019, houve aumento de 41% no volume de vendas.

“O mercado imobiliário vive um momento virtuoso no DF, de recuperação consistente e em bases sólidas, diferente do que aconteceu em outros períodos de crise”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF). “Até dezembro teremos novos lançamentos. Nossa expectativa é fechar o ano com desempenho positivo, preparando uma arrancada segura para 2021”.

“Com as taxas de juros mais baixas da história fica mais barato comprar um imóvel e menos rentáveis os investimentos tradicionais. Nesse cenário, o momento tem sido ideal para compra de imóvel, seja para morar ou investir”, acrescenta o vice-presidente do SINDUSCON-DF, Adalberto Valadão Júnior.

O IVV acompanha o desempenho do mercado imobiliário do Distrito Federal. Iniciativa conjunta da ADEMI DF com o SINDUSCON-DF, a pesquisa é realizada pela Opinião Informação Estratégica. A coleta de dados é mensal, junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do mercado. Quanto mais alto o índice, menor o tempo para vender as unidades dos empreendimentos.

Estoques em queda

A última rodada da pesquisa mostra o lançamento de dois novos empreendimentos e uma oferta acumulada de 3.476 unidades residenciais em todo o DF. Em julho, o mercado contava com 3.691 imóveis.

“A busca por imóveis prontos cresceu durante a pandemia, uma tendência que permanece”, explica o presidente da ADEMI DF. Segundo ele, a necessidade do isolamento social, uma das principais medidas de prevenção à COVID-19, tem estimulado a procura por imóveis maiores e já entregues. Em agosto, a velocidade de vendas do imóvel pronto alcançou 12,2%. Imóveis em obra registram IVV de 9,6%.

“A baixa oferta aliada com alto volume de vendas vai pressionar os preços para cima. Para os consumidores, a hora é de se adiantar e aproveitar a valorização que vem por aí”, alerta o vice-presidente do SINDUSCON-DF

Em agosto, o Noroeste foi a região com maior volume de vendas, respondendo por 33,5% das 353 unidades comercializadas no Distrito Federal. Em seguida, estão as regiões de Santa Maria (18,8%) e Samambaia (11,2%).

 

Fonte: Sinduscon-DF