A pandemia da Covid-19 afetou a vida dos brasileiros de inúmeras formas, inclusive, no que diz respeito ao dia a dia dentro das próprias casas. Com a necessidade de manter o isolamento social, a busca por espaços mais amplos foi impulsionada. Além disso, o investimento em reformas também registrou uma alta, visto que o home office mostrou a importância de adequar as casas para torná-las mais confortáveis e funcionais.
Sabe-se que o mercado imobiliário chegou ao final de 2020 com um dos melhores resultados de vendas dos últimos anos dentro do segmento. Esse retorno positivo foi desencadeado pelos juros baixos para financiamento junto com a queda no rendimento de aplicações financeiras. Como resultado, houve o disparo nas buscas por terrenos durante a pandemia. Consequentemente, o número de construções de residências também subiu.
Nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foi observado maior procura por reformas e construções. No estado paulista, por exemplo, foi registrado um aumento de 31% nos orçamentos solicitados para a construção e ampliação de residências entre agosto e outubro.
Os investimentos em imóveis têm sido crescentes desde a chegada do coronavírus ao nosso país. “As moradias estão sendo mais valorizadas e isso é muito bom. Tivemos uma ressignificação do que é ter uma casa própria. Agora, vemos que a busca por um espaço amplo tem sido um pré-requisto bastante procurado por uma parcela significativa da sociedade”, comenta Janine Brito, empresária do setor de materiais de construção em Brasília.
Para corroborar esses fatos, a startup InstaCasa, responsável por auxiliar loteadores na venda de empreendimentos de forma digital, em quatro regiões brasileiras, registrou o crescimento de 250% na compra de lotes no segundo semestre de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O incremento imobiliário, além disso, refletiu na alta da construção civil logo no início de 2021. Dados apresentados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o segmento de materiais de construção é um dos que mais cresce desde março, com uma variação positiva de 24,1%.
“Nosso setor visualiza um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4%. É um momento positivo e que, além de gerar moradias, também proporciona empregos para a população”, pontua Janine.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou que a construção civil contratou 157.881 mil de janeiro a novembro de 2020. O setor foi considerado o segmento que mais gerou vagas formais de trabalho.
Tendências
Com a pandemia, as famílias brasileiras tiveram que ficar mais tempo dentro das suas casas. Com isso, a procura por novos imóveis aumentou e trouxe uma breve perspectiva para 2021.
“Sem dúvidas, o momento é para imóveis grandes, abertos e com espaços destinados para o home office. Esse ano traz uma inovação incrível para as residências do Brasil. Vale destacar também que, cada vez mais, os projetos de casas novas estão valorizando a presença de espaços de lazer”, observa a empresária Janine Brito.
Fonte: Sinduscon-DF