O tráfego de caminhões em rodovias federais pedagiadas cresceu 10,82% no primeiro semestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse foi o item que registrou a maior alta entre os 14 indicadores de infraestrutura monitorados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 12 dos 14 indicadores cresceram no período, com destaque também para o aumento do consumo de energia elétrica de classes não industriais (8,95%) e industriais (4,11%); para o transporte de cargas aéreas (7,29%), uso da internet fixa (6,23%) e circulação de veículos leves em estradas federais pedagiadas (5,87%).
A alta expressiva do tráfego de veículos pesados tem relação direta com o crescimento da venda de caminhões novos no período (10,2%), reflexo do aumento do transporte de cargas nas estradas brasileiras. Atualmente, 62% das cargas no país são levadas por caminhões. Para efeito de comparação, 19% das cargas são transportadas de trem; 14% por navios; e apenas 0,1% por aviões. Se excluídos os transportes de minérios e combustíveis, as estradas responderiam por 85% da matriz de transporte no Brasil.
A participação das rodovias no transporte de cargas no Brasil é muito maior que em outros países de grande dimensão territorial e econômica. Na Rússia, as estradas representam 8% do transporte de cargas. Nos Estados Unidos, 32%; No Canadá, 43%; Na China, 50%; e na Austrália, 53%.
“O predomínio das rodovias no Brasil está associado à baixa eficiência logística do sistema de transporte. O percurso eficiente de uma viagem por caminhão se dá em curtas e médias distâncias. No Brasil, no entanto, existem situações em que a carga embarca em São Paulo com destino à Belém ou de Porto Alegre para Teresina”, pontua o Diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.
Consumo de energia em alta
O aumento do consumo de energia elétrica também teve destaque no primeiro semestre do ano. Na avaliação da CNI, o indicador revela o aquecimento da economia brasileira – crescimento do PIB no primeiro e segundo trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, em 2,5% e 3,3%, respectivamente.
As únicas quedas estão relacionadas ao consumo de petróleo (-12,57%) e de derivados (-0,15%). De certo modo, esses resultados são parcialmente explicados pela elevação do número de veículos elétricos e híbridos no país, bem como pela maior competitividade do etanol em relação à gasolina no período.
Fonte: Portal da Indústria