Dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), divulgados terça-feira (02/07), indicam uma avaliação mais positiva nas vendas de materiais de construção ao mercado interno em junho. O otimismo das lideranças da indústria de materiais se deve às pretensões de investimento no médio prazo, ainda que o nível de utilização de capacidade instalada do setor siga estanque.
“A indústria de materiais de construção se movimenta para depender menos das ações governamentais, além de contribuir com o debate público com dados e estudos. Notamos, pelo resultado obtido pelo setor em maio e a expectativa positiva para o mês de junho, que há avanços importantes na reação da indústria, ainda que reformas estruturais como a da previdência e a tributária ainda não tenham caminhado como esperávamos”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.
Ao analisar o faturamento das empresas em junho, o Termômetro da Abramat – pesquisa de opinião junto às lideranças da indústria de materiais de construção – revela que 37% das associadas consideraram o resultado no mês como “muito bom” ou “bom”, ao passo que 37% avaliam o período como regular e as demais 26% reportaram desempenho “ruim” ou “muito ruim”.
A expectativa sobre o mês de julho tem o mesmo grau de otimismo, mas menos pessimismo, com 37% esperando um desempenho “muito bom” e “bom”, 41% tem expectativa de um mês “regular”, enquanto 22% esperam um período “ruim”.
No início de 2019 os empresários das indústrias de materiais de construção demonstravam alta expectativa sobre o novo governo, cenário que sofre mudanças de acordo com a evolução, ou não, das pautas relevantes à indústria de materiais de construção. O Termômetro de junho aponta que 19% das empresas manifestaram otimismo sobre as ações do governo, 59% indiferença e 22% pessimismo. Somente 8% das empresas ainda indicavam otimismo com as ações governamentais no termômetro de maio. Como referência, este percentual chegou aos 56% em janeiro desse ano.
A variação do otimismo acaba impactando também as pretensões de investimento do setor no médio prazo. O aumento de 7% indicado por essa edição do termômetro aumenta o número de empresas com pretensões de investir nos próximos 12 meses para 70% das associadas. Diferente de outras edições do estudo, o termômetro de junho indica que a variação dos demais indicadores não representou alteração no índice de utilização da capacidade instalada, que se manteve em 69%.
Fonte: Ademi-GO