O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu em 29 dos 30 setores industriais pesquisados. De acordo com a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24), o resultado é reflexo de uma melhora generalizada das expectativas dos empresários com relação aos próximos seis meses. No entanto, na grande maioria dos setores (28), o indicador permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo. O ICEI varia de 0 a 100.
A indústria extrativa ultrapassou os 50 pontos, indicando uma transição de pessimismo para otimismo em junho. Na indústria de transformação, apenas o setor de Farmoquímicos e Farmacêuticos retomou a confiança neste mês. Esse avanço representa uma melhora positiva se comparado com o mês anterior, quando o ICEI estava abaixo de 50 pontos para todos os cortes setoriais, geográficos e de portes de empresa.
“Os empresários continuam cautelosos e ainda é cedo para se esperar uma volta do investimento, mas já se percebe que o pior da crise passou e as expectativas são de retomada das atividades ”, diz o gerente-executivo de Economia, Renato da Fonseca.
Além do setor de Farmoquímicos e Farmacêuticos, podemos destacar positivamente, os setores de Biocombustíveis (com ICEI de 48,6 pontos), Produtos de Madeira (48,2 pontos), Outros equipamentos de transporte (47,9 pontos) e Produtos alimentícios (47,3 pontos), cujo indicadores refletem a menor falta de confiança entre os setores da indústria de transformação. O pessimismo é maior entre os empresários dos setores Couros e artefatos de couro (31,7 pontos), Vestuário e acessórios (34,4 pontos) e Calçados (35,5 pontos).
Confiança cresce mais no Sul do Brasil
A melhora da confiança ocorreu em todas as regiões, mas em nenhum o ICEI alcançou a linha de 50 pontos, o que mostraria retomada da confiança. O ICEI é maior nas regiões Norte e Centro-Oeste, com índices de 47,9 e 47,6 pontos, respectivamente.
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