Em um ano marcado por incertezas e quebra de paradigmas impostos pela pandemia do novo coronavírus, a incorporação imobiliária bateu recordes e fechou 2020 como um dos melhores anos de sua atuação no Distrito Federal. Resultados da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) mostram que o setor manteve desempenho positivo também nos meses de novembro e dezembro: em novembro, o segmento residencial registrou IVV de 12,5%, o mais alto índice desde a criação do estudo. No mês de dezembro, o índice ficou em 8,3%. Em 2020, foram lançados 41 empreendimentos imobiliários residenciais, quantitativo inédito para o setor no DF. O mercado fechou o ano acumulando Valor Geral de Lançamentos (VGL) de R$ 2,8 bilhões e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 2,2 bilhões.

“Os resultados de novembro e dezembro foram surpreendentes e coroaram um ano em que a combinação da proteção do nosso trabalhador com a ousadia do empreendedor e as condições do mercado permitiram ao setor imobiliário evitar perdas e reafirmar sua importância para a economia do DF”, avalia Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF). “A despeito dos enormes desafios e incertezas que enfrentamos em meio à crise sanitária, batemos recordes tanto em lançamentos quanto nas vendas”.

“O ano de 2020 foi espetacular para o mercado imobiliário do Distrito Federal. O desempenho comprova a maturidade e responsabilidade das empresas da cidade, que souberam vencer os desafios sanitários trazidos pela pandemia e dar a volta por cima com resultados acima dos esperados em vendas e lançamentos”, acrescenta o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), Adalberto Valadão Júnior.

O IVV acompanha o desempenho do mercado imobiliário do Distrito Federal. Iniciativa conjunta da Ademi-DF com o Sinduscon-DF, a pesquisa é realizada pela Opinião Informação Estratégica. A coleta de dados é mensal, junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do mercado. Quanto mais alto o índice, menor o tempo necessário para vender as unidades dos empreendimentos.

Confiança e sazonalidade

Em novembro, foi registrado o lançamento de nove empreendimentos novos, com a oferta de 625 unidades residenciais. Naquele mês, foram comercializados 465 imóveis no Distrito Federal. As regiões de Águas Claras, Noroeste e Samambaia tiveram o maior volume de vendas, respectivamente. 82,1% dos imóveis vendidos em novembro estão em obras.

Em dezembro, o mercado imobiliário fez o lançamento de mais um empreendimento, com a oferta de 72 unidades residenciais. Naquele mês, foram vendidos 283 imóveis no DF. As regiões do Noroeste, Santa Maria e Samambaia registraram o maior volume de vendas, respectivamente. 80,9% dos imóveis comercializados em dezembro estão em obras.

“Mesmo com a sazonalidade do mercado, dezembro foi um mês positivo”, afirma o presidente da Ademi-DF. Segundo ele, o último mês do ano é tradicionalmente marcado pela desaceleração decorrente do período de férias. As vendas em 2020 foram 6,4% maiores que o registrado em dezembro do ano anterior. Para ele, a grande comercialização de imóveis em obra reforça o sinal de confiança do comprador no futuro.

Para o vice-presidente do Sinduscon-DF, quem mais ganhou, em 2020, com esse desempenho, foi a população do Distrito Federal. “Empregos foram mantidos e criados, a oferta de imóveis novos foi aumentada, atendendo uma demanda exigente e que viu, nesse ano, grandes oportunidades de negócio, seja para investir com mais segurança e rentabilidade, seja para morar melhor. É um ciclo virtuoso que esperamos ser mantido em 2021”, reforça.

Os dois executivos avaliam que o desempenho positivo do mercado imobiliário é fruto da combinação virtuosa do ambiente econômico nacional, pela combinação da taxa de juros básico da economia (Selic) no seu menor patamar histórico a estímulos adotados por instituições financeiras que reduziram os juros e aumentaram o limite para financiamento imobiliário em meio à pandemia.

Tais estímulos tornaram 2020 um ano atraente para a compra do imóvel tanto para moradia quanto para investimento. “O movimento dos bancos fez com que mais pessoas pudessem entrar no mercado, as prestações passaram a caber no bolso de mais pessoas. Além disso, a necessidade de distanciamento social e o trabalho à distância levaram a uma ressignificação do imóvel, induzindo uma maior procura por imóveis com mais espaço e conforto para as famílias”, comenta o presidente da Ademi-DF.

 

Fonte: Sinduscon-DF